28 de agosto de 2013

Cinebiografias musicais: os astros do rock nas telas do cinema

A cinebiografia musical é um dos gêneros mais tradicionais do cinema. Ela atrai o público por variados motivos: ser fã do personagem retratado no filme, ver como o diretor conduziu a história ou apenas a curiosidade para saber mais da personalidade em foco. Nós separamos cinco filmes que contam histórias de artistas diferentes em momentos distintos de sua vida.



O primeiro é The Runaways – Garotas do Rock (2010), o qual foi o primeiro (e até agora único) filme dirigido por  Floria Sigismondi. O longa narra a rápida ascensão e queda da banda de rock americana The Runaways, usando elementos narrativos simples, mas eficazes, o roteiro consegue ilustrar bem o período de quatro anos de atividade do grupo e ainda sobra um espaço para a decadência do mesmo. Apesar de a proposta ser contar a história da banda, o filme toma para si como protagonistas Joan Jett (Kristen Stweart) e Cheri Currie (Dakota Fanning), o que desagradou a crítica e alguns fãs que acharam o filme muito comercial e apelativo.



The Doors é outra cinebiografia que foi vendida como sendo de uma banda mas, na verdade, era sobre o vocalista Jim Morrison. Dirigido por Oliver Stone (que tem outra cinebriografia na carreira, Alexandre, 2004) o filme traz Val Kilmer no papel principal, no que talvez tenha sido a melhor atuação de sua carreira. Com um roteiro objetivo, o longa ilustra a conturbada carreira do astro Jim Morrison, drogado, bêbado e decadente devido aos excessos.



E no universo das cinebiografias não podia faltar a maior banda do mundo, The Beatles. O filme é “O garoto de Liverpool” (2009), o qual só chegou ao Brasil no ano seguinte, e é um prato cheio para os fãs do quarteto inglês, especialmente os fãs de John Lennon. O longa conta a história do excêntrico Beatle, desde a sua infância até a formação da primeira banda, além do momento em que eles saem em turnê pela Alemanha. Para quem esperava um apanhado mais amplo da vida e carreira do artista, se decepcionou, mas quem comprou a proposta do filme, certamente gostou do modo como o diretor conduziu a história.



Uma das cinebriografias mais aclamadas pela crítica foi “Cazuza – O tempo não para” (2004). Dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, o longa foi a obra responsável por contar para um geração que não viu Cazuza (e para a que já tinha visto), como esse importante nome da música brasileira levou sua breve e intensa vida. Com Daniel de Oliveira no papel principal, o filme mostra de maneira forte e empolgante e, talvez a mais fiel das cinebiografias brasileiras, a história do cantor.




A mais recente cinebiografia brasileira a ser lançada foi “Somos tão Jovens” (2013). Dirigida por Antonio Carlos da Fontoura, a obra vem sofrendo várias criticas com relação a veracidade dos fatos e a romantização excessiva do roteiro. Alguns críticos classificaram o filme como “morno” e “pouco empolgante”. O longa que se propôs a contar a historia de um dos mais emblemáticos nomes da música brasileira, mas acabou ganhando um tom amistoso e não agradou aos fãs e espectadores. 

Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Kamilla Ferreira
Edição: Rafaela Bez
Imagens: Divulgação 

23 de agosto de 2013

O cinema de ação e guerra de uma forma que você ainda não conhece

Ao longo da história da humanidade foi necessário o uso da batalha física como forma de dominação de povos, conquista de territórios, busca por supremacia e também por intolerância religiosa. Não há como negar que as guerras, nos mais variados pontos terrestres, ajudaram a construir culturas e definir a sociedade como a vemos atualmente, se transformando em fator de estudo e observação para algumas áreas da educação mundial e também em tema para criações artísticas, as mais importantes delas, ligadas ao cinema. Como a história das grandes guerras é muito mais antiga que a arte cinematográfica, era mais do que esperado que desde sua criação, a sétima arte utilizasse desse recurso para a criação de alguns de seus melhores roteiros. Caracteriza-se como cinema de guerra não só aquele que conta a história das grandes batalhas militares, mas também o cinema focado em cenas de ação e em histórias épicas, aonde geralmente podemos acompanhar a trajetória de um herói que tem sua vida retratada na grande tela. Nas produções americanas, as mais recorrentes do estilo, há também o uso propagandístico do discurso patriota, exaltando as
“Apocalipse Now” de 1979, foi rodado na época de ouro do cinema de guerra
forças armadas do país e reforçando a ideia de que a vida militar ainda vale a pena para o jovem americano.

Independente da intenção por trás das produções no estilo, é inegável que ele cresceu muito rapidamente desde seu início e ganhou respeito entre os críticos e importância financeira, deixando de ser um espaço para uma sequência infinita de explosões e mortes e se tornando um espaço de reflexão em torno da violência que uma guerra causa, além dos motivos que as iniciam. “Apocalipse Now” de 1979, é um dos principais clássicos do estilo e foi rodado na época de ouro do cinema de guerra. Conduzido com maestria pelo premiado diretor Francis Ford Coppola, a obra mistura grandiosas sequências de ação, novidades para a época, com os questionamentos que cercavam os cidadãos americanos em relação a necessidade da guerra do Vietnã e suas conseqüências. Com 202 minutos de duração, indicação de melhor filme e Oscar para edição e Som, a produção abriu caminho para outras
Em 1999, Roberto Benigni, de "A vida é bela" venceu o de melhor ator
grande obras do estilo, como Platoon (1986), O Resgate do Soldado Ryan (1998), Pearl Harbor (2001) e Cartas de Iwo Jima (2006), todos dirigidos por nomes importantes da história do cinema (Oliver Stone, Michael Bay e Clint Eastwood, respectivamente). 

Mas engana-se quem classifica o estilo como limitado em termos de roteiro. Ao longo dos anos, o cinema conseguiu humanizar os personagens dos filmes de guerra e algumas produções começaram a utilizar este enredo como plano de fundo para o desenvolvimento dramático de histórias de superação ou até mesmo românticas. Os exemplos mais conhecidos são A Lista de Schindler (1993), A Vida é Bela (1997), O Pianista (2002) e Forrest Gump (1994). Todos eles buscam na guerra o recurso de identificação mais óbvio para o espectador, mas, durante suas construções acabam desviando do tema para contar a história de um personagem e como a guerra consegue afetar a sua vida e a dos outros ao seu redor.

Guerra ao Terror, desencadeada pelos EUA a partir dos ataques de 11 de setembro
Além dos recursos de roteiro, as inovações tecnológicas deram uma nova cara aos filmes de ação e guerra, cada vez mais utilizando o efeito especial como uma forma para enriquecer e engrandecer as produções atuais. Apesar da novidade, é importante que o fator lúdico que ajudou a consolidar o estilo durante a história do cinema não se perca em meio a tanta tecnologia. Argo (2012) e Guerra Ao Terror (2008), possuem características atuais somadas ao tradicional estilo dos primórdios, debatendo outro assunto que também é recorrente nos filmes do gênero: a política internacional. Com sucesso único, a sétima arte conseguiu transformar um assunto sério e que já causou tanta tragédia para a humanidade em tema para a construção de histórias emocionantes e que questionavam o ser humano e suas ações em sociedade, garantindo a função de grande mediador das discussões culturais em grande escala e formador de opinião, que o cinema sempre teve. 

Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Marcos Marcia
Edição: Rafaela Bez
Imagens: Divulgação



15 de agosto de 2013

Em busca da identidade

No curta que estamos produzindo, iremos retratar a busca pela identidade, tanto pessoal quanto de sua sexualidade. Ao pensarmos nesse gancho para o nosso roteiro, nos deparamos com uma situação que é muito comum hoje em jovens e adultos. 

Você passa toda a sua infância e adolescência estudando para entrar em uma faculdade, quando entra no ensino médio, começa a euforia de ‘qual curso escolher?’, ‘será que é isso mesmo o que eu quero?’, ou ‘devo seguir a minha intuição?’Essas e outras perguntas são muito freqüentes, pois é uma fase da vida em que terá que tomar uma grande decisão que indicará o começo da sua vida. Além disso, ao longo dos anos, mais dúvidas irão surgir, este é o ser humano. 

Porém, as pessoas precisam estar preparadas para lidar com cada situação. Em nosso projeto de curta-metragem, mostraremos como essa ‘busca pela identidade’ afeta a vida de uma pessoa. A faculdade foi apenas um exemplo. Mas existem inúmeras situações e fases da vida em que você vai pegar se perguntando: ‘o que estou fazendo?’ ou ‘quem sou eu?’

Cena do filme "O Palhaço", Selton Mello foi o protagonista
Pensando neste aspecto, alguns filmes retratam muito bem essa questão, um exemplo é o longa “O Palhaço” (2011 – Selton Mello). Após a distribuição, o ator e diretor Selton Mello diz em uma entrevista ao Jornal Comunicação que a motivação para este filme foi a vontade de falar sobre a identidade e a beleza que o destino exerce na busca de cada um. “Eu queria discutir o lugar no mundo de um indiví­duo a partir de suas escolhas, de seus dilemas. Eu poderia falar de um médico, de um engenheiro, mas escolhi Benjamim, um palhaço em crise, que acha que perdeu a graça. O circo é o lar deste personagem e de sua relação com o pai, com os amigos de trabalho, com suas escolhas e com o futuro”, contou Selton Mello. 

O filme que nos inspirou para o nosso curta foi o filme “As vantagens de ser invisível” (2012 – Stephen Chbosky). O projeto foi baseado no livro de mesmo nome do filme, um diferencial que acabou aproximando bastante as duas obras é que o diretor Stephen também é o autor do livro. Na trama, conta-se a história de Charlie, que começa uma amizade com os irmãos Sam e Patrick e após, ele descobre, a partir de aventuras que passa com seus únicos amigos, Charlie vê que não é tão ruim assim ser ‘estranho’. O filme mostra que a adolescência é apenas um teste para o que está por vir na fase adulta



Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Leticia Duarte
Edição: Rafaela Bez
Imagens: Divulgação 

9 de agosto de 2013

A era dos ‘filmes em quadrinhos’

Há aproximadamente 15 anos – se considerarmos a estreia de Blade em 1998, um dos primeiros grandes sucessos adaptados de quadrinhos – os filmes de super-herois vêm dominando as bilheterias norte-americanas e, consequentemente, pelo mundo afora. O apelo à memória de muitas crianças e, mais ainda, de adultos, tem levado multidões do globo à cada sessão de estreia dos históricos personagens da DC Comics e Marvel - gigantes dos gibis – e de outras grandes companhias.

“Iron Man 3” já ocupa a 5° posição das maiores bilheterias.
Mais do que simplesmente blockbusters, as produções de atualmente cada vez mais mexem com o imaginário dos fãs. Se antes era crucial ser fiel à história impressa nos quadrinhos, hoje roteiros que fogem às origens dos heróis atraem as atenções de fanáticos e até de ‘pouco simpatizantes’ de cada personagem. E a interessante disputa pela liderança do mercado, lideradas por Marvel e DC Comics e seguidos por outras produções, leva fãs ao delírio a cada nova estreia.

Não só uma satisfação pessoal, Hollywood tem visto o ranking de maiores bilheterias ser tomado por máscaras e capas. Hoje, das cinquenta primeiras colocações, dez são produções sobre super-herois ou quadrinhos, movendo bilhões de dólares a cada novo título. The Avengers (Os Vingadores, 2012) é atualmente a terceira maior bilheteria da história, além de um primeiro lugar em bilheteria na semana de estreia nos EUA. Não muito distante, Iron Man 3 (Homem de Ferro 3, 2013), ainda em cartaz, já ocupa a 5° colocação dos maiores.

Embora alguns apontem a fase de superpoderes como perto do fim, os roteiristas do gênero já têm engatilhadas produções que, anos antes de sua estreia, agitam os espectadores do mundo todo. Enquanto a Marvel alinha as estreias das sequencias de Thor e Capitão América para o fim de 2013 e começo de 2014 respectivamente, a rival DC aposta em 300: Rise of an Empire (Ascensão de um Império), continuação do aclamado 300 (2006), baseado nos quadrinhos de Frank Miller. O lançamento está previsto para a mesma época de Capitão América. Fora do eixo principal se destaca RED 2 (adaptado da obra de Warren Ellis e Cully Hamner com o mesmo título) – lançado em 19 de julho nos EUA.


Tão vasto como o universo de DC Comics e Marvel são as opções a ser exploradas pelos diretores e estúdios. Embora difícil de prever, bons resultados financeiros são quase certos no mercado cinematográfico norte-americano quando o assunto é ficção científica aliado à fantasias, máscaras e capas. Aos fãs, só resta esperar por sequências e inúmeros herois ainda desconhecidos das telas, mas que permeiam o imaginário de jovens e mais velhos pelo mundo todo.


Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Felipe Martins
Edição: Leticia Duarte
Imagens: Divulgação 

8 de agosto de 2013

DIÁRIO DE PRODUÇÃO – EXPRESSIO MOTUS I

Na essência da missão da Agência Expressio Motus, existe o objetivo de mostrar às pessoas a relação da sociedade, seus problemas, angústias e realizações com base na arte cinematográfica. Além disso, também (tentamos) produzimos materiais embasados em nossas pesquisas de comportamento, sociedade e cinema. Neste semestre, como já havíamos anunciado, realizaremos um curta-metragem com foco comportamental, o qual será descrito em breves relatórios durante os próximos meses.

Vamos descrever passo à passo de nossa produção, já que somos estudantes de jornalismo e precisamos nos mostrar humildes perante nossos desafios, dificuldades, expectativas, alegrias e trabalhos árduos. Este post é o primeiro da série “DIÁRIO DE PRODUÇÃO – EXPRESSIO MOTUS” e nele, vamos contar como desencadeamos a ideia do nosso curta.

Primeiramente, nosso produto trabalhará a sutiliza, ao retratar temas abrangentes e recorrentes na sociedade moderna, principalmente na juventude: falta de identidade, perca de projetos de vida, incertezas e busca por felicidade. Nessa primeira etapa, levantamos o motivo de se fazer este material, para quem ele deve ser feito, qual é a base e inspiração para tal ação e, o principal, porque ele deve existir.

Sérgio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto - livro inspirador
Um pequeno trecho de nossa história: Inspirado no livro Sérgio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto, o curta relata a história de Gustavo (Gustavo Marcasse), um jovem de 19 anos que sofre uma crise existencial, ideológica, social e, principalmente, sexual. Sua vida é baseada na infelicidade de suas indecisões, as quais são levadas pela sua rotina maçante do dia-a-dia. Gustavo mostra a realidade da maioria dos jovens de sua idade, abordando temas polêmicos e recorrentes, de maneira sutil e suave.

A história pretende abordar um tema muito recorrente, mas pouco explorado, que denota na vida de muitos jovens, a crise de existência e de indiferença perante escolhas da vida. A importância comportamental deste projeto, pode influenciar alguns jovens à perceberem o sentido de sua existência em meio à sociedade e à si mesmo, além da valorização de seus projetos e de sua vida. 

Em breve, você vai conferir mais sobre como está o andamento da nossa ideia, se os objetivos estão sendo alcançados, se o foco é seguido rigidamente e se estamos dando conta do trabalho.

Acompanhem nosso blog e saibam como ficará nosso curta!

Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Rafaela Bez
Edição: Leticia Duarte
Imagem: Divulgação

7 de agosto de 2013

Voltamos com novidades!

Nós da Expressio Motus produções gostaríamos de recebê-los de volta depois desse mês de férias. Estamos com mais conteúdos sobre filmes que podem ter, cada vez mais, algo em comum com o cotidiano de todos. Além de nossas postagens semanais sobre diversos assuntos, também daremos algumas dicas de filmes lendários, que você não pode deixar de assistir.

Neste semestre, partilharemos nosso DIÁRIO DE PRODUÇÃO, sobre um curta que vamos realizar. Toda semana você vai receber posts que falarão como está o andamento de nossa produção, nossos bastidores, nossas angústias, alegrias e realizações. Fique atento, em breve compartilharemos tudo isso com vocês!

Para começar, estivemos analisando alguns filmes e selecionamos alguns para indicarmos à vocês. Segue nossa lista:


Pulp Fiction - Quentin Tarantino 
Volver - Pedro Almodóvar 
L'ospite- Liliana Cavani 
Ran - Akira Kurosawa 
O Garoto da Bicicleta - Jean-Pierre Dardenne 
O Menino do Pijama Listrado - Mark Herman

E a baixo, nossa primeira produção cinematográfica, um pouco amadora, mas que serviu de grande experiência para toda equipe. Curta “LUIZA”.



Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Karen Okuyama
Edição: Rafaela Bez
Vídeo: Expressio Motus Produções (Fotografia: Leticia Duarte)