A cinebiografia musical é um dos gêneros mais tradicionais
do cinema. Ela atrai o público por variados motivos: ser fã do personagem
retratado no filme, ver como o diretor conduziu a história ou apenas a
curiosidade para saber mais da personalidade em foco. Nós separamos
cinco filmes que contam histórias de artistas diferentes em momentos distintos
de sua vida.
O primeiro é The Runaways – Garotas do Rock (2010), o qual foi
o primeiro (e até agora único) filme dirigido por Floria Sigismondi. O longa narra a rápida
ascensão e queda da banda de rock americana The Runaways, usando elementos
narrativos simples, mas eficazes, o roteiro consegue ilustrar bem o período de
quatro anos de atividade do grupo e ainda sobra um espaço para a decadência do
mesmo. Apesar de a proposta ser contar a história da banda, o filme toma para
si como protagonistas Joan Jett (Kristen Stweart) e Cheri Currie (Dakota
Fanning), o que desagradou a crítica e alguns fãs que acharam o filme muito
comercial e apelativo.
The Doors é outra cinebiografia que foi vendida como sendo
de uma banda mas, na verdade, era sobre o vocalista Jim Morrison. Dirigido por
Oliver Stone (que tem outra cinebriografia na carreira, Alexandre, 2004) o
filme traz Val Kilmer no papel principal, no que talvez tenha sido a melhor
atuação de sua carreira. Com um roteiro objetivo, o longa ilustra a conturbada carreira
do astro Jim Morrison, drogado, bêbado e decadente devido aos excessos.
E no universo das cinebiografias não podia faltar a maior
banda do mundo, The Beatles. O filme é “O garoto de Liverpool” (2009), o qual
só chegou ao Brasil no ano seguinte, e é um prato cheio para os fãs do quarteto
inglês, especialmente os fãs de John Lennon. O longa conta a história do
excêntrico Beatle, desde a sua infância até a formação da primeira banda, além do
momento em que eles saem em turnê pela Alemanha. Para quem esperava um apanhado
mais amplo da vida e carreira do artista, se decepcionou, mas quem comprou a
proposta do filme, certamente gostou do modo como o diretor conduziu a
história.
Uma das cinebriografias mais aclamadas pela crítica foi “Cazuza
– O tempo não para” (2004). Dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, o
longa foi a obra responsável por contar para um geração que não viu Cazuza (e
para a que já tinha visto), como esse importante nome da música brasileira
levou sua breve e intensa vida. Com Daniel de Oliveira no papel principal, o
filme mostra de maneira forte e empolgante e, talvez a mais fiel das
cinebiografias brasileiras, a história do cantor.
A mais recente cinebiografia brasileira a ser lançada foi “Somos
tão Jovens” (2013). Dirigida por Antonio Carlos da Fontoura, a obra vem
sofrendo várias criticas com relação a veracidade dos fatos e a romantização
excessiva do roteiro. Alguns críticos classificaram o filme como “morno” e
“pouco empolgante”. O longa que se propôs a contar a historia de um dos mais
emblemáticos nomes da música brasileira, mas acabou ganhando um tom amistoso e
não agradou aos fãs e espectadores.
Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Kamilla Ferreira
Edição: Rafaela Bez
Imagens: Divulgação
Texto: Kamilla Ferreira
Edição: Rafaela Bez
Imagens: Divulgação
Amo o filme “O garoto de Liverpool”, confesso que sempre choro em algumas partes como fã dos Beatles que sou rs, o filme “Cazuza – O tempo não para” também é muito bom para aqueles que querem nada mais nada menos que a essência real da história do Cazu, mas quanto ao filme “Somos tão Jovens” eu me frustrei muito, esperava algo muito além do produzido, ainda mais se falando do ícone da maior banda de rock do Brasil...Parabéns, a matéria é ótima!
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