3 de maio de 2013

Aly Muritiba, levando o cinema curitibano para Cannes

O Festival de Cannes, criado em 1946, está na sua 66ª edição. Durante o evento, há uma importante mostra paralela, a Semana de Critica, que neste ano acontecerá entre os dias 16 a 24 de maio e está na sua 52ª edição.  Neste ano, o Brasil está sendo representado no Festival pelo diretor Aly Muritiba, com o documentário “Pátio”.

O sucesso do diretor, baiano, que mora em Curitiba (PR), não vem de agora. O produtor, diretor e roteirista começou o seu auge com o curta-metragem “A Fábrica” (2011), o qual ganhou diversos prêmios nacionalmente e internacionalmente. Após esse auge, Muritiba fez seu primeiro longa-metragem, em parceria com outros quatro diretores, dando o nome de “Circular” (2011) que também ganhou vários prêmios e participou de diversos festivais.


O documentário “Pátio”, de Muritiba, foi selecionado para a 52ª Semana de Critica do Festival de Cannes. O documentário é a única produção da América Latina entre os escolhidos e competiu com 1.724 inscritos. 
No Pátio joga-se bola, capoeira e fala-se de liberdade.

Quando perguntado sobre como essa nomeação pode melhorar para o cinema curitibano, Aly Muritiba afirma que o acontecimento pode melhorar a “auto estima local”, dizendo ainda que Curitiba faz cinema bom e de qualidade. “Curitiba sempre esteve um pouco fora do mapa cinematográfico nacional, mas aos poucos vamos mostrando não só para o Brasil, mas para o mundo, que nós produzimos filmes de alta qualidade”.

O diretor ainda atenta para o fato de que gestores públicos e empresários devam cuidar e investir mais no cinema local. “Eles estão perdendo uma chance enorme de ter as marcas de suas empresas e/ou instituições espalhadas pelo mundo”, acrescenta.

“Pátio”, como cita o nome, se passa no pátio de uma prisão. O produtor conta que para a produção do documentário deixou a câmera no mesmo ponto de visão por três semanas. “Pátio é um documentário muito simples, sobre o único momento de liberdade que os presos têm numa prisão”, diz. O curta, que tem 15 minutos, é o segundo da Trilogia do Cárcere, o primeiro foi A Fábrica.  

O documentário já ganhou o prêmio de Melhor curta-metragem e Prêmio aquisição Canal Brasil do É tudo verdade 2013– Festival Internacional de Documentário. 


Produção: Expressio Motus Produções
Texto: Leticia Duarte
E
dição: Rafaela BezImagens: Divulgação 

Um comentário:

  1. pertinente.
    rever "...nomeaçao acarreta..."

    boa matéria "depois de maio".

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